Rio Poupa Tempo na web Informação Pública - Governo AbertoSecretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos HumanosGoverno do Estado do Rio de Janeiro
 
NOTÍCIAS
24/05/2014

Número expressivo é um alerta para o drama das crianças desaparecidas

Rio - A cada 45 minutos, 22 pessoas desaparecem no Brasil. É como se, no segundo tempo de uma partida de futebol, nem o seu time e nem o adversário voltassem do vestiário. Com esse alerta, o portal ‘Meu Filho Sumiu’ joga luz sobre um dos mais graves problemas sociais enfrentados pelo Brasil e lembrado no mundo todo neste domingo, Dia Internacional da Criança Desaparecida. A cada ano, 250 mil pessoas somem misteriosamente sem deixar vestígios. Destas, o Ministério da Justiça estima que 40 mil sejam menores de idade — sete mil somente no município do Rio.

Para que esses milhares de rostinhos nunca caiam no esquecimento, a data será celebrada pela primeira vez em uma favela carioca. Mães e parentes de vítimas vão participar de um culto evangélico, às 10h, na quadra do Morro do Chapéu Mangueira, no Leme. O evento é uma iniciativa do site www.meufilhosumiu.com, ferramenta de busca de desaparecidos, utilizada por 4 milhões de usuários. Para utilizá-la, basta acessar o site e cadastrar a vítima. A informação é repassada para o Ministério Público, delegacias, e divulgada nas redes sociais. 
 
A família de Gisela Andrade, que mora na Nova Holanda, aguarda há quatro anos por notícias da menina que sumiu aos 9 anos
Foto:  Uanderson Fernandes / Agência O Dia
Junto com o site, o advogado Arnaldo Gesuele criou um aplicativo que dispara um alarme a cada denúncia de uma nova vítima. “As primeiras 24 horas são fundamentais para localizar a criança. Depois disso, a cada hora que passa, ela pode estar a caminho do exterior”, explica. 
Uma das fotos compartilhadas é a de Gisela Andrade de Jesus. Ela sumiu, em 2010, aos 9 anos, quando voltava da escola, na favela Nova Holanda, e parou em posto de gasolina para beber água. Foi a última vez que foi vista. Sem notícias da filha, a auxiliar de serviços Lenivanda Andrade, 36 anos, vive à base de remédios. “Ela tem bronquite. Então quando o tempo esfria, fico desesperada imaginando onde ela está. Se está sendo bem cuidada, se está se alimentando. É a minha única filha”, desabafa a mãe. 
Para muitos pais, uma nova esperança surge com a inauguração da delegacia especializada em pessoas desaparecidas no Rio. A unidade será instalada na Cidade da Polícia, no Jacarezinho, e vai atender casos de desaparecimento na capital. A inaugurada será após a formatura dos novos inspetores, em junho.


Voltar
 

Tecnologia PRODERJ - Todos os direitos reservados
facebook youtube